São Francisco do Sul - SC |
20111010
Dia-adia
Não há nada...
que eu possa dizer de novo,
Há um não que reside,
numa possa empoeirada de memórias
razas
d’uma ávida vida passada,
que não virá
geme uma gema nua
e nada em gotas claras
um velho ovo
de palavras trincadas
ah! uma ida sem vinda
sendo repetida
rezas
numa por(a)ção de comida
Antes de Vir-a-Ser,
lá na casca d’um mundo fechado
trincado pelo sonho
espiava pela fenda,
que insistia em ferir os fracos olhos.
Depois...
como continuar a contar imagens
a olhos vazados pelo vislumbramento na fissura na casca do mundo?
Em que momento se chega a pergunta anterior,
Que gestou a finda,
que fissurada ficou num momento raso de esquecimento...
O continuar, raro fica quando chegar não se quer..
É vazio o querer quando o momento não É
Anterior a pergunta, o nada
Que sufoca o momento cego da não pergunta
sem palavra
lá na casca d’um mundo fechado
trincado pelo sonho
espiava pela fenda,
que insistia em ferir os fracos olhos.
Depois...
como continuar a contar imagens
a olhos vazados pelo vislumbramento na fissura na casca do mundo?
Em que momento se chega a pergunta anterior,
Que gestou a finda,
que fissurada ficou num momento raso de esquecimento...
O continuar, raro fica quando chegar não se quer..
É vazio o querer quando o momento não É
Anterior a pergunta, o nada
Que sufoca o momento cego da não pergunta
sem palavra
Se o AGORA,
(d)esses olhos que lêem,
fosse um sonho
o quê restaria da realidade?
o quê restaria da realidade?
.
É estranho que um “cachorro da moléstia”
cubra os cabritos de caranguejos? E outro
cubra de pedra os Pedros e Pedritas com a pedra que o alimenta? Diamante, ouro ou todo valor que se atribui ao ato de “buáaaa”:
Rio só, choro em mar:
E se funde no desembocar:
Pela orla dos canos:
Nem mais troncos em canoas...
Mas o pó que cobre este rosto se diz faz,
não diz farsa, porém
Não nega a valsa dos cantos
Nem a rota dos ventos...
Quando penso em seus pés e mãos cobertos pelo mangue, e na alegria de pegar muitos caranguejos, o imagino assoviando, sorrindo contente, lembrando de amigos e de como a amizade aflorou linda e perfumada, gerando uma nova semente, e um novo sonho que hoje caminha ao encontro de um lugar onde se possa sonhar mais e realizar o sonho todos os dias.
O que mais me encanta neste HOMEM que vive em meio aos caranguejos, é o OLHAR de esperança que renasce todas as manhãs, junto com suas mãos calejadas de trabalhador, e seu coração que mesmo machucado pelas marcas da vida, ainda pode ensinar e jogar sementes em terras ainda jovens, mais sedentas.
E isso é verdade gente!
Verdade que fez doer á partida, que fez sorrir o reencontro, e que doeu novamente num novo até breve, mais que não acaba por aqui, esperamos uns pelos outros na terra encantada.
É isso que me faz acreditar que estou trilhando o caminho certo.
Cá fé da manhã estou seguindo em frente!
Passarinhos
Somos dois passarinhos cantarolando o sim
Enrolando os sonhos em rocamboles
Doces aventuras, amargas desventuras
Cheirando a tinta nova da estrada
Estado de viajem, sem linhagem de tempo
Conspirando o ar profundo de viver
Perturbando a consciência linda de amar
Ser flor, ser beija-flor em uma manhã de sol constante
Revitalizar o antecedente dos verbos que se conjugam
Ajudar a quem amar ver ao que sentir
Ser o que é estar, completando o ciclo
E à natureza retornar, como primitivos da eternidade
---
Junção
Corta aqui, ali, embaixo, um pouco do lado
Junta ali partiu aqui, dobra depois do dobrado
Com um roteiro a seguir, costuro, corto, emendo
Poetiza a vida, depois se parte
Parte em palavras supridas de ternura
Na bela neblina da serra me escondo para encontrar você
Ao ver que não consigo, bato no peito e estanco o ser
Paralisado em meio a branca neblina
Pousa um pedaço de flor
Pétala vermelha do amor que se desfaz
No vento, junção da eternidade
---
Gentileza
Sufocando palavras em partes brancas
Diz-se o que se diz
Certo dia o poetizar se constitui de dor
Na doce amargura de sentir a dor do desapego
Das coisas simples, gentileza.
Pegue uma pétala de flor, aperte em mim.
Voe através das linhas que compõe a flor
Ao ver o sentir, ao sentir se perder
Ao encontrar, revitalizar a coerência
Gentileza é beleza composta de amor
20110715
20110620
20110615
isto basta pra hoje...
e para entender o movimento lento
dos espaços entre nossos pés e
os nós que lançamos,
esperando que se tornem laços
entre o nós e o agora...
por intermédio
de outros que nos
são seme(lha)ntes
dia como presente:
dias estes que dias são! são, sendo o passado do presente futuro, que:
juntos também com-partilhar um livro coletivo na oficina.
Por isso em mãos-e-mentes suas escritas
juntos também com-partilhar um livro coletivo na oficina.
Por isso em mãos-e-mentes suas escritas
poéticas cotidianas, contos, cantorias, desenhos, receitas, foto-grafias...
Os origâmicos, papéis e o que puderem trazer nas mãos que se dobrarão...
Tintas para stencil e tie-dye, para tilintar suas vestes,
barbantes e sonhos para filtrar...
di_vulgo_vago
despertar curiosidade
dispersar sementes pela cidade
e enfim, reticenciar objetividade:
dia dezenove de junho estaremos juntos
os seis pares de pés que somos nós...
futuros viajantes
andarilhos seres que tornar-se-ão mais serenos
menos fragmentados e possivelmente mais leves
---
em breve... mais dias como esse serão parte do nosso dia-a-dia, antes da partida,
que será tema de poesia e despedida - repetidas vezes ainda...
mostrar-se-árvore
...palavras escritas tornar-se-ão ditas
no dia do encontro, dos rios - ruas cinzas -que banham nossas vidas
no dia do encontro, dos rios - ruas cinzas -que banham nossas vidas
Entrevia_gens de árvore ser
goticulando foto, sínte-se.
há tenros terrenos para passar
semeando,
passo a passo
o poder de dê-formar o tempo
em bomdia sem hora
semeando,
passo a passo
o poder de dê-formar o tempo
em bomdia sem hora
despertar o disperso
mentes de seres imersos
no infinito ao avesso
e vise-verso
Se mentes em expansão
descobrem o espaço
encoberto para
em aberto rir
e partir
um
novo óvulo
semeia-se em meio
ao movimento de brotos
em flor-essência
humanos humos de si
e d'outros que também os são
semente, broto, flor e fruto
-e tudo de novo...
mentes de seres imersos
no infinito ao avesso
e vise-verso
Se mentes em expansão
descobrem o espaço
encoberto para
em aberto rir
e partir
um
novo óvulo
semeia-se em meio
ao movimento de brotos
em flor-essência
humanos humos de si
e d'outros que também os são
semente, broto, flor e fruto
-e tudo de novo...
passo a passo em terra fértil
a seMente toma forma e de-forma o temPÓ
a seMente toma forma e de-forma o temPÓ
Cresce com pressão seu propósito
Ser-Mente, Broto, Flor e Fruto
bruto botão em metamorfose
Ser-Mente, Broto, Flor e Fruto
bruto botão em metamorfose
no infinito adentra para fora
morfa em metáfora
- rodopiar de sonhos de entro_pia partrilha -
achAR do cAOS disperso
de ir, devir
como chronos come cosmos
do (r)existir
o mistério volta a ser mistério volta a vir-a-ser
húmos humanos exalam humores
...
terNo Espasmo moviMento
de
Crateras dúbias divididas
pós e pósEmentes em terr-aços
estrelares vibram além
de typos
causais dis-pertARES do cHÃO
fEndas, fileTEs findam-sem-si-riR
Aconchegou seMente em tempo
Em
ilhas finitas no sem fim
... ...
despertARE S do cHÃO
fEndas,
fileTEs
findam-sem-si-riR
partem, patrilham
ilhas finitas
no sem fim
do (r)existir
do (r)existir
expandir-se –Mente
KairÓS
conti-nú-ar
conti-nú-ar
mente
descontínuos
o mistério volta
o mistério volta
a ser mistério volta a vir-a-ser
20110610
Seme a[r]dor
Sopro do vento, atento
Enquanto sementes voam,
outras sementes ecoam em tilintar semeaduras leves,
na leveza de se(r)mente para semear amor(te)cidos grãos que anseiam
brotar em sorrisos críveis.
... ... ...
SeMentes
acordando–se no dia, no bom dia.
Semeadores de sonhos a procura de terra fértil.
zzZZZZ... A-côr-da semente
Dorme o tempo latente.
... ... ...
Semeaduras
Sabe o suave sustento do buraco na realidade do tempo
seMentes
Seme a[r]dor
Seme ares
... ... ...
Se mentes
...a cor dadas
são
Seme a(r)dores de sonhos
Ao vento, sem tento
há outras sementes que voam
amor(te)cidos grãos que anseiam
só_risos críveis
eco_ar em tilintar
... ... ...
a-côr-da semente;
sabe o suave sustento do tempo
Sopro do vento, atento
seMentes voam,
levam
outros semEntes
Ao vento, sem tento.
leves,
re-pousam em terra fértil
buraco na realidade
Dorme o tempo latente.
leveza de se(r)mente...
...Dê um
(:)
Bomdia...
... ... ...
Seme ares
zzZZZZ... A-côr-da semente
Dorme o tempo latente.
... ... ...
Amor(te)cido grão
Acorda(!)
a mente anda
sobre a cor
da corda
se acordando
dá andando a
cor_agem
dá andando a
cor_agem
de saber
o sabor do sopro
do vento
agindo
zzZZZZ...
no SONhO
Dormente do tempo latente.
no SONhO
Dormente do tempo latente.
A-Côr-Da SeMente...
... ... ...
Vento, Vento,
Ven-to-atento
no tempo
das sementes:
sementes ecoam
leveza de se(r)mente
e brotar, e brotam
semeaduras leves,
grãos que anseiam
tilintam
Assinar:
Postagens (Atom)